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Criado em 17 Março 2023
Invista na cobrança judicial de dívidas

Esta é a postagem 27 da série de 30 postagens sobre cobrança de dívidas.
A cobrança judicial de dívidas é um assunto que muitos empresários evitam, pois acreditam que não vale a pena.
Porém, é importante entender que a cobrança judicial pode ser uma ótima ferramenta para recuperar créditos e evitar prejuízos.
Três fatores contribuem para essa mentalidade: os altos custos, a demora da justiça e a baixa efetividade.
Vamos analisá-los mais de perto:
1. A baixa efetividade da cobrança judicial
Antes de entrar com uma ação de cobrança, precisamos garantir sua viabilidade através de uma investigação prévia.
Ao analisar a expectativa de êxito da ação judicial, devemos considerar alguns pontos:
- A formalização do crédito é robusta? Está livre de erros?
- O paradeiro do devedor é conhecido? Há risco dele desaparecer?
- O devedor tem patrimônio que pode ser atingido pela justiça? Está em seu nome?
Estes são pontos que devemos avaliar antes de ingressar na justiça.
2. A demora dos processos na justiça
O prazo médio de uma cobrança judicial é de 1 a 3 anos, mas pode ser ainda maior se não houver um bom acompanhamento do processo.
Além disso, muitos erros são cometidos pelo próprio credor e por seu advogado, que acabam fazendo com que o processo demore ainda mais.
Para superar esse problema é preciso seguir os procedimentos de checagem da efetividade e usar os serviços de advogados realmente especializados em cobrança de dívidas.
3. Entrar na justiça sai mais caro que a dívida
Realmente, se o devedor não tiver bens, no final das contas a ação judicial não vai ter êxito.
Pode acontecer de uma dívida de $2 mil, ou seja, um prejuízo de $2 mil acabar virando um prejuízo de $6 mil ao se somarem as custas judiciais, honorários de advogado, diligências e demais despesas internas e externas.
Mesmo que tenha uma boa expectativa de êxito, ao avaliar quanto terá que gastar para cobrar uma dívida na justiça, o empresário desiste da cobrança. Isto acontece porque o empresário não está preparado para investir na cobrança judicial.
Para reverter essa situação é preciso que as empresas tenham um orçamento anual para realizar a cobrança judicial dos devedores. Desta forma, não ficaremos naquela indecisão se devemos ajuizar a cobrança ou reconhecer a perda.
A decisão de ajuizar ou não uma cobrança de dívidas deve ser individualizada caso a caso, para avaliar a viabilidade e expectativa de êxito de cada processo.
Além disso, devemos estar cientes que a tomada de uma medida judicial terá um forte impacto negativo na relação comercial ou contratual. E muitas vezes teremos que continuar nos relacionando com esse devedor, seja por força de contrato, seja por necessidade.
E para aprofundar ainda mais seu conhecimento sobre o uso das medidas judiciais na cobrança de dívidas, conheça o conteúdo completo do curso avançado de cobrança e recuperação de créditos.
Grande abraço!
Dr. Denis Siqueira
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