Junte-se a 148.926 pessoas
Entre gratuitamente na Lista de E-mail para receber conteúdos exclusivos
Perguntas e Respostas de Crédito e Cobrança
Fórum de discussão para profissionais de crédito e cobrança.
Resolvido
bom dia a todos
Sou empresário do interior do Paraná, no ramo de prestação de serviços automotivos e a algum tempo venho buscando novos clientes, as prefeituras da micro região de minha cidade. Consegui, aumentei meus clientes (mais prefeituras) e também a inadimplência na minha receita.
Ocorre que quando da inadimplência de um cliente convencional, usamos os meios convencionais de cobrança, avisos, protestos, negativações, contatos pessoais, ações jurídicas, entre outros que possamos conhecer.
Contudo quando se trata de um "Ente Público", a coisa complica, e muito.
Primeiramente, quando iniciei minha empreitada nesta nova modalidade de clientes, cometi muitos erros, entregas de serviços e mercadorias sem contrato, sem requisição, "para acertar depois", baseando o ato da venda no "conhecimento" adquirido pelos contatos que fazemos durante as visitas.
Mas esta fase foi superada, hoje minhas vendas são precedidas de contratos, requisições, empenhos e ordens de compra, e vejam: ainda assim o problema persiste.
Qual o problema, o de sempre! O Recebimento. Sabemos que quando o Município publica um edital de Licitação, tem que haver previsão de verba, em alguns casos até a verba já deve estar a disposição, e mesmo assim, em alguns casos, os valores não nos são repassados.
Quando isso ocorre, ficamos de mãos atadas, a cobrança, nestes casos, persiste apenas em mais visitas, contatos e choradeira, uma verdadeira peregrinação para solicitar apenas o que é meu por direito!
Há vários mitos em relação a cobrança do Poder Público, tais como:
- "Pagam apenas se quiserem"
- "Não podem ser protestados"
- "Se acionar juridicamente é pior pois receberá após muitos anos e em títulos da dívida pública"
entre muitos outros que já ouvi.
O fato é, o desgaste emocional é muito grande, perco tempo no ato da venda, com várias visitas, cordialidades e promessas; perco ainda mais tempo quando da legalização do processo (edital; perco tempo no ato da efetiva prestação de serviços pois deixo de atender outros clientes; e, definitivamente, perco até alguns dias de vida tamanho é o transtorno no momento da cobrança!
Vejam todos, não é extremamente necessário vender ao Poder Público, contudo não deixa de ser importante para a receita da empresa. Desta forma se torna um "mal necessário"
Resumidamente exposto, pergunto a todos:
- onde está a solução?
- alguém conhece um meio mais eficiente de cobrança?
- o protesto de títulos é viável e legal para o Ente Público? gera algum efeito prático ou ainda mais despesas?
- qual a melhor forma de cobrar nossos créditos das prefeitura que insistem em não nos pagar?
Caros colegas, que sofrem do mesmo mal, se alguém tiver a resposta peço, humildemente SOCORRO!!!!!!!!
Leandro Lemos, Guarapuava-PR.
Sou empresário do interior do Paraná, no ramo de prestação de serviços automotivos e a algum tempo venho buscando novos clientes, as prefeituras da micro região de minha cidade. Consegui, aumentei meus clientes (mais prefeituras) e também a inadimplência na minha receita.
Ocorre que quando da inadimplência de um cliente convencional, usamos os meios convencionais de cobrança, avisos, protestos, negativações, contatos pessoais, ações jurídicas, entre outros que possamos conhecer.
Contudo quando se trata de um "Ente Público", a coisa complica, e muito.
Primeiramente, quando iniciei minha empreitada nesta nova modalidade de clientes, cometi muitos erros, entregas de serviços e mercadorias sem contrato, sem requisição, "para acertar depois", baseando o ato da venda no "conhecimento" adquirido pelos contatos que fazemos durante as visitas.
Mas esta fase foi superada, hoje minhas vendas são precedidas de contratos, requisições, empenhos e ordens de compra, e vejam: ainda assim o problema persiste.
Qual o problema, o de sempre! O Recebimento. Sabemos que quando o Município publica um edital de Licitação, tem que haver previsão de verba, em alguns casos até a verba já deve estar a disposição, e mesmo assim, em alguns casos, os valores não nos são repassados.
Quando isso ocorre, ficamos de mãos atadas, a cobrança, nestes casos, persiste apenas em mais visitas, contatos e choradeira, uma verdadeira peregrinação para solicitar apenas o que é meu por direito!
Há vários mitos em relação a cobrança do Poder Público, tais como:
- "Pagam apenas se quiserem"
- "Não podem ser protestados"
- "Se acionar juridicamente é pior pois receberá após muitos anos e em títulos da dívida pública"
entre muitos outros que já ouvi.
O fato é, o desgaste emocional é muito grande, perco tempo no ato da venda, com várias visitas, cordialidades e promessas; perco ainda mais tempo quando da legalização do processo (edital; perco tempo no ato da efetiva prestação de serviços pois deixo de atender outros clientes; e, definitivamente, perco até alguns dias de vida tamanho é o transtorno no momento da cobrança!
Vejam todos, não é extremamente necessário vender ao Poder Público, contudo não deixa de ser importante para a receita da empresa. Desta forma se torna um "mal necessário"
Resumidamente exposto, pergunto a todos:
- onde está a solução?
- alguém conhece um meio mais eficiente de cobrança?
- o protesto de títulos é viável e legal para o Ente Público? gera algum efeito prático ou ainda mais despesas?
- qual a melhor forma de cobrar nossos créditos das prefeitura que insistem em não nos pagar?
Caros colegas, que sofrem do mesmo mal, se alguém tiver a resposta peço, humildemente SOCORRO!!!!!!!!
Leandro Lemos, Guarapuava-PR.
Resposta Aceita
Thiago Fernandes Nogueira . Resposta Aceita
Prezado Leandro, boa tarde!
Pela experiência que tenho digo à você que trabalhar com órgãos públicos é uma arte, esqueça os mitos, funciona assim, protestar os títulos é perca de tempo e dinheiro pois nenhum protesto vai impedir a prefeitura de abrir novas licitações, se não conseguir receber antes dos 5 anos, faça o calculo do custo benefício e entre já justiça antes que prescreva a dívida, realmente pode demorar muito tempo para receber, até 10 anos que sabe, essa história de que pagam se quiserem é mito, tem que pagar sim! porém não há muito a se fazer quando estão em débito.
Quando abrem licitação teoricamente existe previsão de verba, mas na prática as coisas podem tomar um rumo diferente, essa verba pode atrasar, pode ser reduzida, pode ser utilizada em gastos emergenciais e etc...
Meu conselho é que antes de entrar em uma licitação procure conversar com outros fornecedores para conhecer o hábito de pagamentos, procure saber sobre o tipo da verba pois existem vários tipos delas, as que saem mais rápido, as que demoram e etc...
As que você já trabalha e conhece o hábito de pagamentos, saiba que isso não vai mudar, a não ser que numa troca de mandato da prefeitura o novo prefeito coloque em prática um plano financeiro diferente, mas isso depende de vários fatores, um deles é a arrecadação do município com impostos, taxas e encargos. Então cabe a você avaliar se tem capacidade financeira para bancar as demoras no recebimento, se sim, vá em frente e bons negócios, caso não, melhor vender para quem paga com menos atraso.
Espero ter ajudado,
Att,
Thiago Fernandes Nogueira
Especialista em Crédito e Gestão de Risco
Pela experiência que tenho digo à você que trabalhar com órgãos públicos é uma arte, esqueça os mitos, funciona assim, protestar os títulos é perca de tempo e dinheiro pois nenhum protesto vai impedir a prefeitura de abrir novas licitações, se não conseguir receber antes dos 5 anos, faça o calculo do custo benefício e entre já justiça antes que prescreva a dívida, realmente pode demorar muito tempo para receber, até 10 anos que sabe, essa história de que pagam se quiserem é mito, tem que pagar sim! porém não há muito a se fazer quando estão em débito.
Quando abrem licitação teoricamente existe previsão de verba, mas na prática as coisas podem tomar um rumo diferente, essa verba pode atrasar, pode ser reduzida, pode ser utilizada em gastos emergenciais e etc...
Meu conselho é que antes de entrar em uma licitação procure conversar com outros fornecedores para conhecer o hábito de pagamentos, procure saber sobre o tipo da verba pois existem vários tipos delas, as que saem mais rápido, as que demoram e etc...
As que você já trabalha e conhece o hábito de pagamentos, saiba que isso não vai mudar, a não ser que numa troca de mandato da prefeitura o novo prefeito coloque em prática um plano financeiro diferente, mas isso depende de vários fatores, um deles é a arrecadação do município com impostos, taxas e encargos. Então cabe a você avaliar se tem capacidade financeira para bancar as demoras no recebimento, se sim, vá em frente e bons negócios, caso não, melhor vender para quem paga com menos atraso.
Espero ter ajudado,
Att,
Thiago Fernandes Nogueira
Especialista em Crédito e Gestão de Risco
Respostas (2)
Ola, boa noite!
Ja pensou em contratar uma empresa de cobranca para isso? As vezes e mais viavel por conta da experiencia da empresa em lidar com devedores,
Abracos!
Ja pensou em contratar uma empresa de cobranca para isso? As vezes e mais viavel por conta da experiencia da empresa em lidar com devedores,
Abracos!
- Página :
- 1